O melasma é caracterizado pelo
surgimento de manchas escuras na pele. É mais comum que apareça no rosto, mas
também pode surgir em áreas expostas ao sol, como braços e colo. As mulheres
são mais afetadas pelo melasma que os homens e não há uma causa definida para
seu aparecimento. O melasma é uma discromia crônica de difícil tratamento que
interfere na autoestima das
mulheres. Os mecanismos envolvidos com o aparecimento do melasma são variados,
incluindo radiação solar, hormônios, estresse, irritações e inflamações
locais.
No
meeting da Academia Americana de Dermatologia de 2015 foram apresentadas
algumas novidades para o tratamento do melasma, como o uso do ácido tranexâmico
via oral, metimazole tópico e lignina peroxidase para grávidas com melasma. Não
foram apresentadas novas tecnologias, mas variantes daquelas já existentes.
O laser Nd Yag deve
ser usado com energias muito baixas, que vão subindo até metade do tratamento e
depois devem descer novamente. A mancha deve ficar ligeiramente eritematosa
após a aplicação do laser. Muito eritema acompanhado de crosta e muita inflamação pode piorar a mancha. Vamos ver cada uma dessas novidades
individualmente:
Melasma e ácido
tranexâmico
O uso
do ácido tranexâmico sistêmico no tratamento do melasma pode ser associado aos
clareadores e também ao laser. Deve ser evitado o uso dessa substância em
pessoas com tendências a problemas vasculares e também com histórico de
trombose. O ácido tranexâmico pode ser combinado com qualquer tecnologia. Seu
mecanismo de ação está associado ao sistema de proteção da pele. A substância
não é um clareador, mas sim um inibidor da cascata inflamatória gerada pelo sol
após atingir o DNA das células.
O
melasma é bastante frequente na gravidez e o motivo é o aumento do
hormônio melanócito estimulante. A pílula anticoncepcional também
piora o melasma e nestes casos o ácido tranexâmico também será útil para evitar
o escurecimento da mancha.
Tratamentos a laser
Também
foi discutida a combinação de tecnologias para vasos, combinando com o laser
Q-Switch. No melasma em que existem vasos em excesso devem ser tratados com luz
pulsada, Dye ou Nd Yag para vasos e combinar então com o laser Q-Switch.
Novas substâncias
Outra
novidade é o uso de uma substância ativa para o tratamento da tireoide, que
atenuaria o melasma. Em forma de creme, a metimazole teria ação clareadora da
pele do paciente. A aplicação dessa substância duas vezes ao dia mostrou
excelentes resultados no melasma, sendo uma perspectiva excelente, pois, além
de ser eficaz, tem poucos efeitos colaterais.
Não há cura, mas o
melasma pode ser sim tratado
Ainda
não podemos prometer a cura, mas sim a melhora e o controle do melasma. São
usados clareadores como hidroquinona, arbutim, ácido ascórbico,
ácido azeláico, entre outros. Peelings superficiais de solução de Jessner
e ácido retinoico também
conseguem algum clareamento. Hoje é utilizado o laser Q-Switch, com comprimento
de onda Nd Yag. Esse laser tem como diferencial emitir energias baixas em
tempos de pulso muito curtos (nanosegundos), liberando pouco calor. São
sugeridas 12 a 15 sessões que vão gradualmente clareando a área da
mancha.
Fonte: Site Minha Vida
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